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Carro híbrido na cultura do brasileiro


Duas tecnologias voltadas para a redução do consumo - e portanto das emissões de poluentes - serão conhecidas pelo público no Salão do Automóvel deste ano, que completa 50 anos de atividade.

A exposição, que abre ao público na próxima quarta-feira (27), vai mostrar carros com o sistema de propulsão híbrido e com a tecnologia anda e para.

O carro híbrido, na verdade, já está no mercado brasileiro há alguns meses. É o Mercedes-Benz S400, mas ele ainda é desconhecido do grande público. O híbrido tem dois motores, um a combustão e outro elétrico. O motor elétrico é abastecido com energia gerada das frenagens e ambos se revezam na propulsão do veículo.

O resultado é gratificante em termos de consumo e emissões. O híbrido gasta, em média, metade do combustível de um carro comum para trajetos semelhantes.

Além do S400, estarão no Salão mais quatro híbridos: o BMW Série 7, os Honda Insit e CRZ e o Fusion, que a Ford passa a vender no Brasil logo após a exposição. O Fusion vai custar cerca de R$ 130 mil, portanto aproximadamente R$ 40 mil mais caro do que a versão com motor a combustão. O Fusion híbrido faz 16,3 km com um litro de gasolina (mais o uso da energia elétrica), enquanto a versão à gasolina faz 8 km/l.

Uma rápida conta mostra que financeiramente o Fusion híbrido não traz vantagem nenhuma ao consumidor. Para recuperar o dinheiro investido, o dono do carro levará cerca de oito anos. Só a partir desse período é que começará a levar vantagem financeira. Como o prazo médio de permanência com o carro zero é de três anos, o comprador vai perder dinheiro em relação ao Fusion comum.

Também em relação ao sistema anda e para a Mercedes-Benz saiu na frente. No caso, com o Smart. Uma versão do míni carro já está sendo importada com o equipamento, que desliga o motor quando o carro para (no farol ou no trânsito). Basta o motorista acionar o pedal da embreagem (ou do acelerador, no caso de câmbio automático) para que o motor seja religado. Além de reduzir o consumo, o carro deixa de poluir juntamente nos momentos (trânsito parado) e nos locais (cruzamentos de ruas e avenidas) onde a poluição é mais intensa.

Além dos híbridos e do anda e para, o Salão deste ano mostra alguns carros elétricos que poderão ser encomendados pelo consumidor. A tecnologia já é conhecida pelos brasileiros, mas até agora o carro elétrico era apenas um conceito para o futuro. Neste ano serão apresentados o Mitsubishi i-MiEV, o único modelo 100% elétrico produzido em grande escala, e que deve começar a ser vendidos no Brasil em 2012.

A chinesa JAC, que começa a vender seus carros aqui no ano que vem, também vai apresentar uma versão elétrica.

A preocupação com o meio ambiente no Salão não estará apenas nos carros, mas também nos estandes. A organização do evento instituiu um prêmio para o expositor mais ecologicamente correto. Será premiado aquele que melhor atingir metas ambientais, como geração e reciclagem de lixo, sistema de iluminação limpa, compensação de carbono, entre outras.

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