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Daimler é suspeita de corrupção

A Daimler, dona na marca Mercedes-Benz, foi acusada de subornar autoridades egípcias, conforme informou o site MotorDream citando o portal Autocar.

O primeiro-ministro egípcio, Ahmed Nazif, vai encaminhar as informações sobre o pagamento de propinas pela Daimler para o procurador Abdel Meguid Mahmoud.

Segundo o informe, não é a primeira vez que a Daimler sofre esse tipo de acusação. Nos Estados Unidos a montadora pagou US$ 185 milhões, o equivalente a R$ 330 milhões, para encerrar o caso semelhante junto à Justiça.

A Daimler é acusada de dar dinheiro e carros a autoridades, para obter facilidades e ganhar negociações financeiras.

Em reportagem do StiriAuto, da Romênia, publicada no site MotorDream, a jornalista Julian Budusan diz que procuradores de Justiça dos Estados Unidos acusaram o grupo alemão de suborno para obter contratos favoráveis na Rússia, China, Turquia, Egito, Nigéria, Iraque e em pelo menos outros 16 países, entre 1998 e 2008. Para escapar das acusações, a Daimler estaria disposta a pagar US$ 185 milhões e resolver essa questão com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Um funcionário do Governo do Turquemenistão teria recebido um carro blindado Mercedes, avaliado em 300 mil euros, quando a Daimler realizava negociações para entregar dezenas de veículos para que o Governo do país. Em outra acusação, um funcionário do Governo da Libéria teria recebido, em 1999, um veículo blindado no valor de 267 mil euros como parte de um acordo para vender caminhões ao país africano.

Também na Argentina a Daimler está numa situação complicada diante da Justiça, mas por razões diferentes. A empresa é acusada de indicar à ditadura do país (1976-83) os nomes e endereços de 14 líderes sindicais, que, logo em seguida, foram retirados de suas casas, sequestrados e são considerados "desaparecidos" até hoje.

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