Páginas

Bonito e bem equipado, Fluence quer 12% do segmento






O carro é bonito, de linhas fortes, marcantes e harmônicas. Muito espaçoso, tem um motor 2.0 flex de 143 cavalos usando álcool e 140 cv com gasolina. É muito bem equipado, com seis airbags e os principais sistemas de segurança. Com ele, a Renault quer conquistar uma posição no segmento dos sedãs médios que não conseguiu com o Megane, que sai de linha.

Por isso, a marca está acreditando no sucesso do Fluence, o sedã lançado ontem em São Paulo, com o qual pretende estar entre os três mais vendidos do segmento, atrás apenas do Corolla e do Civic, mas na frente do Vectra e dos inúmeros outros concorrentes nessa faixa.

O Fluence vai contribuir também para que a Renault consiga dar um salto em sua participação no Brasil no próximo período, o que os dirigentes chamam de "segundo momento" da empresa no Brasil. A Renault quer, junto com a parceira Nissan, conquistar 10% do mercado (veja matéria).

Recursos pra isso o Fluence tem. Preço, não sei. O carro começa bem, custando na versão de entrada, a Dynamique, com câmbio manual, R$ 59.990,00. Mas a topo de linha, a Privilège, sobe para R$ 75,990,00. É verdade que o carro é completo. Tem controle de estabilidade, bancos de couro, sistema de navegação TomTom, rodas aro 17. E mais os equipamentos da versão Dynamique, que não são poucos.

A versão de entrada vem com seis airbags, freios ABS com EBD e AFU, cartão chave com sensor de aproximação, botão no painel para ligar o carro, comando com controle de velocidade e limite de velocidade e como opcional câmbio CVT e teto solar.

De comprimento, o carro é 8 cm maior que o Corolla e 13 cm maior que o Civic. Também é dez centímetros mais longo que o Corolla no entreeixos e cinco na largura. E apenas 2 cm menor do que o Fusion. Ganha do Corolla também no porta malas: tem capacidade para mais 60 litros.

Segundo o gerente de vendas da Renualt, Rodolfo Stope, com o Fluence a empresa vai desafiar as "quatro grandes", e crescer de 7 para 12% no segmento.

A Renault está crescendo acima da média do mercado este ano. De janeiro a novembro a marca vendeu 142.040 unidades, e teve a participação aumentada de 3,7 % em 2009 para 4,8 % em 2010.

0 comentários

Juntos, Gol e Uno já venderam quase meio milhão de carros



O ranking de venda de carros e comerciais leves se consolida com Gol e Uno, primeiro e segundo colocados, se distanciado dos demais concorrentes. Juntos, eles venderam quase meio milhão de unidades em onze meses (exatamente 464.538). Em novembro venderam 53,9 mil: o Gol ficou 29.698 unidades e o Uno com 24.198.

Já o terceiro colocado, o Celta, vendeu dez mil carros a menos: 14.016. Nessa mesma faixa, vem o Corsa sedã (incluído o Classic), com 13.553, e seguem Fox, Palio, Strada, Siena, Fiesta e Voyage até a décima posição, onde o último deles vendeu 8.121 carros (Voyage).

Quer dizer: ninguém ameaça Gol e Uno, e nenhum dos oito seguintes pode ficar tranquilo na posição, pois a diferença e entre eles é pequena e as posições podem ser alteradas sem aviso prévio.

Vale destacar as boas vendas do segmento de utilitários esportivos. O Captiva, da GM, vendeu 1.295 unidades, o melhor desempenho do ano, assim como o CRV, da Honda, com 2.180 carros vendidos. O ix35 vendeu 1.228.


O curioso ocorreu com a picape Montana, que perdeu vendas depois de reformulada. Até setembro, quando foi lançada a linha 2011, ela vendia cerca de três mil unidades mensais. Agora vende duas mil. Em novembro foram 2.191 unidades. Segundo a GM, a queda é em razão da adaptação da linha para a produção do modelo novo.

0 comentários

Híbridos indicam início da Era do carro elétrico no Brasil



O carro elétrico é mais velho do que o motor a combustão. O primeiro carro elétrico foi construído em 1837 e o primeiro elétrico comercial em 1881, usado pela Paris Omnibus Company. Londres já tinha em circulação um ônibus elétrico em 1888.

No Brasil, a Gurgel produziu em série carros elétricos na década de 1980 e 90, e implantou na cidade de Rio Claro uma rede de abastecimento com tomadas de força e estacionamentos públicos. E quem não se lembra dos ônibus elétricos que circulavam pelas ruas na década de 1960 e 70? Existem alguns até hoje.

Como se vê, o veículo elétrico não é novidade. Então por que ele está conquistando só agora o seu espaço?

Por causa da expansão do transporte individual, que coloca em risco a sobrevivência do motor à combustão, em função da redução das reservas de petróleo e do impacto das emissões de poluentes.

A novidade, portanto, não é o sistema elétrico, mas é a adoção dele em carros que o consumidor vai comprar. Daí a razão do Fusion, lançado na semana passada, e do Civic (ambos híbridos), que deve ser fabricado no Brasil no ano que vem representarem o início real da eletrificação do carro no Brasil.

O Brasil já tinha recebido o Mercedes Benz S 400 e o Smart com o sistema híbrido, mas ambos são carros de nicho, com poucas unidades vendidas.

O sistema híbrido encarece muito o preço dos carros. É por isso que a Honda aguarda uma posição do governo em relação a provável subsídio para iniciar a operação no Brasil

Paulo Takeuchi, diretor de Relações Institucionais da Honda, disse que num primeiro momento, a empresa vai importar o carro, e em seguida iniciar a produção na fábrica de Sumaré. Mas condicionou o início da operação à negociação com o governo, pois acredita que nessa faixa de mercado (entre R$ 60 e R$ 70 mil) o consumidor não vai pagar muito mais caro para ter o sistema elétrico. O Fusion híbrido será vendido por R$ 133,9 mil, 50% a mais que o modelo convencional. Takeuchi acha que o consumidor de um sedã médio, como o Civic, não estaria disposto a pagar pelo híbrido uma diferença tão grande em relação ao modelo com motor a combustão.

Na verdade, nem mesmo o consumidor do Fusion pagará 50% a mais para ter a tecnologia. A Ford acha que nesse primeiro momento vai vender apenas para aquele consumidor que busca tecnologia, aquele sujeito que quer ser o primeiro a desfilar com as últimas novidades. "É o mesmo que comprou - e pagou uma fortuna - a primeira TV 3D por R$ 7 mil, o primeiro celular iPhone por R$ 3 mil, mesmo sabendo que em pouco tempo os preços iriam desabar", disse um dirigente da empresa. Por isso é que a Ford também espera subsídio do governo para a tecnologia.

Portanto, a recomendação para você que gosta do seu dinheiro, que ganhou suado, é esperar um pouco, não comprar agora. A própria Ford diz que a tendência é baixar o preço, e muito. O único Fusion híbrido vendido até agora foi para a Petrobrás.

Nos Estados Unidos a Ford tem vários carros com esse sistema desde 2004. A proposta da empresa com o Fusion híbrido é manter o desempenho necessário para um sedã de luxo, mas fazê-lo mais econômico, caminhando para a eletrificação dos veículos.

O sistema híbrido do Fusion é o "Full", quando o motorista pode tracionar o carro somente no modo moto elétrico ou em conjunto com o motor a combustão.

A bateria é carregada com a frenagem regenerativa, quer dizer: um gerador elétrico tira a energia criada pela frenagem e alimenta a bateria. O sistema recupera 94% da energia que normalmente é desperdiçada nas frenagens.

Entenda: quando você acelera, cria uma energia para o carro andar. Se você freia, a energia é desperdiçada. O sistema híbrido aproveita essa energia e alimenta a bateria, que será usada para impulsionar o motor elétrico. Quer dizer: a rigor, quem impulsiona o motor elétrico é o próprio motor a combustão.

O que está sendo feito, portanto, não é criar nova fonte, mas otimizar o uso do petróleo.

O Fusion híbrido tem um consumo 9% menor do que o Ka e 52% menor do que o Fusion 2.5 com motor a gasolina. Faz 16,4 km/l na cidade e 18,4 km/l na estrada. Acelera de 0 a 100kmh em 9 segundos e a retomada de 80 a 100 km/h faz em 6,5 segundos.

A Honda apresentou o primeiro carro conceito híbrido em 1950. Mas a Toyota foi mais ágil e começou a produzir o primeiro híbrido em série em 1995, o Prius, que já vendeu mais de milhão de unidades. O primeiro híbrido da Honda veio dois anos depois, em 1997, o Insigth, sucesso de vendas no mundo.

Para apresentar a tecnologia ao mercado brasileiro a Honda trouxe algumas unidades desse carro, com o qual fiz a minha estréia nessa tecnologia, num circuito em Piracicaba.

Todas as informações de geração e uso de energia são demonstradas no painel, de forma que o motorista pode entender exatamente o comportamento do sistema, que combustível está sendo usado a cada instante.

O sistema híbrido usado pela Honda no Insight é chamado Paralelo, que tem o motor a combustão principal e um motor elétrico auxiliar. As energias geradas são somadas. Quando o motorista tira o pé do acelerador ou freia, a roda manda a energia para a bateria do motor elétrico, exatamente como no Fusion.

Mas o híbrido é muito mais do que um carro que usa duas fontes de propulsão. Além de essa combinação reduzir o consumo e as emissões de poluentes pela metade, melhora o desempenho, uma vez que a soma dos dois tipos de motores - combustão e elétrico - permite que a potência e o torque entrem mais rapidamente, proporcionando uma largada mais rápida do que o motor a combustão comum.

Na arrancada, o elétrico é mais eficiente, portanto é ele que sempre será usado nessa situação. Já a 80 km/h constante o melhor é o uso da gasolina; a 40 km/h, entra em operação motor elétrico, que é mais eficiente.

Por isso é que o Insight tem um motor de baixa cilindrada, 1.3, que anda como um 1.5, quer dizer: o carro híbrido não apenas emite menos gases poluentes e gasta menos combustível, mas atua para dar mais desempenho em motores menores, de baixa cilindrada, que por si só já são mais econômicos e limpos.

Testes feitos pela Honda nos Estados Unidos mostram que o sistema híbrido faz uma economia de 61% rodando na cidade. Com a gasolina estadunidense, o carro fez 16,9 km/litro na cidade, enquanto o mesmo carro com motor a combustão faz 10,5 km/l. Na estrada a relação foi de 15,2 km/l para 19 km/l. Veja que a vantagem na estrada não é tão grande, Uma economia de apenas 25%. O sistema híbrido é feito para uso urbano, onde é muito mais eficiente.

O carro elétrico vai chegar por etapas. O híbrido é a primeira delas, haverá outras até que o elétrico total se torne viável comercialmente. Então ele vai conviver com as demais fontes de energia - atuais e futuras -, contribuindo para manter o mundo em movimento.

0 comentários

Restrições ao crédito vão afetar segmento de entrada

As medidas de redução de crédito tomadas pelo governo na sexta-feira vão mexer com o mercado, especialmente na categoria de entrada, dos carros pequenos, onde a necessidade de crédito é maior.

Agora, para fazer um financiamento de 60 meses, será preciso dar uma entrada de 40%. Na compra de um carro pequeno, de R$ 30 mil, a pessoa terá que desembolsar R$ 12 mil de entrada e isso vai afastar muita gente interessada na compra do carro zero.

Muitos desses compradores devem migrar para o mercado de usados, que deve se fortalecer.

O anúncio das novas medidas provocou uma corrida às revendas no fim de semana, com os clientes interessados em aproveitar as condições anteriores, que vigoraram até ontem. Por isso, o volume de vendas que será registrado hoje pelo Renavam deverá ser superior à média das segundas-feiras.

0 comentários

Fenabrave acha que medidas vão impactar nas vendas

O presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, entidade que reúne as associações de revendedores de veículos, concordou com Cledorvini Belini, presidente da Anfavea, que as medidas de restrições ao crédito editadas pelo governo foram bem aceitas por serem consideradas necessárias.

"A decisão veio na hora certa. Estamos com a ameaça inflacionária, tendo uma meta de 4,5% e uma realidade próxima dos 6%. Nosso superávit estava tendendo a zero e a conta de transações correntes aumentava rapidamente. Por outro lado, o resultado do governo nas contas fiscais começava a diminuir, por conta dos gastos públicos. Estes fatores, somados ao câmbio muito valorizado e que implicava na competitividade industrial, demandavam uma atitude inevitável por parte do Banco Central", disse Sérgio Reze.

O dirigente, no entanto, disse que as perspectivas de crescimento para 2011 devem ser reavaliadas sob os impactos das novas medidas.

"Não temos ainda como avaliar os impactos das novas medidas nas vendas de veículos para o ano que vem, mas certamente isso ocorrerá, como é o objetivo do governo. Nossa expectativa é de que essas medidas sejam passageiras e que, tão logo o país esteja reequilibrado, as formas de crédito voltem aos patamares anteriores", disse o presidente da Fenabrave.

Nas projeções da Fenabrave, conforme análise feita pela consultoria econômica MB Associados, o crescimento de vendas para 2010 deve atingir a marca dos 9,6% para o setor automotivo geral, ficando em 7,3% para automóveis e comerciais leves.

Ainda sem o anúncio das restrições do BC, a expectativa para 2011 era de crescimento de 5,9% para o setor como um todo, sendo de 5% para automóveis e comerciais leves. Esses números serão revistos.

0 comentários

GM e Ford mantêm participação

Embora num ritmo bem abaixo do que esperavam, as montadoras novas, que chegaram ao Brasil com a abertura econômica a partir da década de 1990, estão avançando na conquista de participação do mercado e, obviamente, as quatro montadoras tradicionais, que tinham 100% do mercado, é que cedem espaço para as novas, reduzindo ao longo dos últimos vinte anos a sua participação em percentual, embora também tenham crescido em volume de vendas, acompanhando a evolução do mercado brasileiro.

Mas neste ano o ônus está ficando apenas com a Volks e com a Fiat, pois as outras grandes, GM e Ford, não perderam mercado de janeiro a novembro.


A GM vendeu nos onze meses do ano 586.648 unidades, o que significa uma participação de 19,8% o que é exatamente o mesmo percentual registrado no ano de 2009, quando vendeu 595.434 unidades (19,8% do total).

A Ford também registra esse ano participação semelhante à do ano passado. As vendas de janeiro a novembro dão à marca 10,12% de participação nas vendas totais de carros e comerciais leves, o mesmo percentual no ano passado, quando vendeu 303.964 unidades.

0 comentários