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Ford Mustang 2011: cavalo de sangue azul


O azul do céu era tão intenso quanto o tom da carroceria. Os olhos chegavam a cerrar, tamanha a intensidade da cor. Neste momento, somente a audição e a visão pareciam estar programadas para funcionar: enquanto a primeira localizava de onde vinha o ronco do motor, a segunda acompanhava o desfile da carroceria na pista de testes da Ford, em Dearborn, nos Estados Unidos.

O cenário perfeito para um teste drive alucinante: sol, asfalto impecável, um traçado na pista e um superesportivo. Tudo que é bom, no entanto, dura pouco. No caso, foram perto de dez minutos. Foi o tempo em que foi possível permanecer na cabine, como motorista e passageira, das duas versões do Mustang 2011, a V6 e a GT V8.

Já tinha tido a oportunidade de guiar o ícone da Ford, em sua versão Shelby Cobra GT 500, há cerca de três anos, também em uma pista, no interior de São Paulo. Na ocasião, no entanto, havia um instrutor ao lado, para impedir algum “desvio de conduta” do motorista durante a avaliação do carro. Desta última vez, na matriz da Ford, porém, estava livre e solta para acelerar o quanto quisesse, ou o quanto os cones que demarcavam a pista permitiam.

O primeiro escolhido, para reconhecimento do traçado, foi o GT V8. O motor de 5,0 litros de capacidade e perto de 400 cv de potência, no entanto, parecia exagerado para o curto trajeto autorizado pela montadora. A alavanca manual do câmbio de seis velocidades chegou somente até a terceira marcha, pois assim que o ponteiro do conta-giros encostava no limite, já era hora de diminuir a velocidade para ultrapassar a curva. (a velocidade máxima marcada no velocímetro é de 260 km/h).

Com um pouco mais de intimidade com a pista, foi possível ganhar mais confiança com o V6 de 3,7 litros. São cerca de 100 cv a menos de potência e 38,7 mkgf de torque total; com ele, o prazer em esticar foi além, permitindo mais pressão no acelerador. A estabilidade na curva é um dos pontos que mais impressiona quem está ao volante do carro; os pneus não desgrudam do chão e qualquer intenção de perder o domínio do carro é corrigido pelo controle de tração que, no caso, é traseira.

Esteticamente, o Mustang permanece com a mesma carroceria. Na cabine, levando-se em conta a esportividade do carro, o painel se mostra até um pouco simples, com espaço para os mostradores, CD player, tela para monitoramento dos comandos do carro e do GPS, além do botão que liga e desliga o controle de tração. Os bancos são revestidos de couro e quem vai na parte de trás não pode exigir muito conforto, já que o assento é “afundado”.  Fonte icarros.








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