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Fenabrave acha que medidas vão impactar nas vendas

O presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, entidade que reúne as associações de revendedores de veículos, concordou com Cledorvini Belini, presidente da Anfavea, que as medidas de restrições ao crédito editadas pelo governo foram bem aceitas por serem consideradas necessárias.

"A decisão veio na hora certa. Estamos com a ameaça inflacionária, tendo uma meta de 4,5% e uma realidade próxima dos 6%. Nosso superávit estava tendendo a zero e a conta de transações correntes aumentava rapidamente. Por outro lado, o resultado do governo nas contas fiscais começava a diminuir, por conta dos gastos públicos. Estes fatores, somados ao câmbio muito valorizado e que implicava na competitividade industrial, demandavam uma atitude inevitável por parte do Banco Central", disse Sérgio Reze.

O dirigente, no entanto, disse que as perspectivas de crescimento para 2011 devem ser reavaliadas sob os impactos das novas medidas.

"Não temos ainda como avaliar os impactos das novas medidas nas vendas de veículos para o ano que vem, mas certamente isso ocorrerá, como é o objetivo do governo. Nossa expectativa é de que essas medidas sejam passageiras e que, tão logo o país esteja reequilibrado, as formas de crédito voltem aos patamares anteriores", disse o presidente da Fenabrave.

Nas projeções da Fenabrave, conforme análise feita pela consultoria econômica MB Associados, o crescimento de vendas para 2010 deve atingir a marca dos 9,6% para o setor automotivo geral, ficando em 7,3% para automóveis e comerciais leves.

Ainda sem o anúncio das restrições do BC, a expectativa para 2011 era de crescimento de 5,9% para o setor como um todo, sendo de 5% para automóveis e comerciais leves. Esses números serão revistos.

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