Prevenção reduz acidentes com caminhões
Acidentes com caminhões são um problema, principalmente nas grandes cidades. Quando o caminhão transporta cargas inflamáveis, o risco é ainda maior. Estudos mostram que 94% dos acidentes são provocados pelo motorista, quer dizer: acontecem por falha humana.
Grandes empresas precisam fazer esforços para evitar prejuízos não apenas financeiros, mas também em vidas e na imagem da marca. A Petrobrás acaba de assinar um contrato de R$ 140 milhões com a Target Brasil AS para gerenciamento preventivo de acidentes em transporte de produtos perigosos.
O acordo para os próximos cinco anos, que entrou em vigor no dia 1º de agosto, prevê todo o gerenciamento de risco do transporte da empresa via terrestre, fluvial e base marítima, envolvendo a gestão de cerca de 250 transportadoras cadastradas na BR, responsáveis pelos transportes nas operações da companhia. Segundo dados do IPEA/Denatran os custos diretos dos acidentes em estradas federais superam os valores de R$ 6,5 bilhões anuais. E dados da Comissão Econômica das Nações Unidas para América Latina e Caribe (CEPAL) mostram que as perdas financeiras com acidentes, em países em desenvolvimento, podem chegar entre 1,5% e 4% do PIB, sem contar dos danos ambientais.
Um projeto piloto foi realizado em 2009, no terminal da Petrobrás Tebet, em Betim, chamado Projeto CIAM - Centro Integrado de Apoio ao Motorista - e não foi registrado qualquer acidente no período de seis meses. Nenhuma viagem foi iniciada com condições de transporte inadequadas.
A Target implementa processos e tecnologias apropriadas para o gerenciamento dos riscos, priorizando e eliminando as vulnerabilidades em até 90%. Para isso, reúne uma equipe multidisciplinar, incluindo psicólogos, que avaliam a competência dos condutores e condições de trabalho. Por meio de um software, todos os dados colhidos são transformados em um relatório, on-line para todas as áreas integrando o setor de logística e comercial, que mostra as condições que a viagem irá acontecer. Com os dados em mãos, os responsáveis pelo transporte daquela carga podem ponderar a necessidade operacional daquela viagem se o condutor ou veículo não estiverem em plenas condições.
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