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Cherokee volta a ser Grand na quarta geração











Nos anos 90, o Jeep Grand Cherokee era símbolo de status e ficou conhecido como "carro de jogador de futebol". Com a chegada de concorrentes de marcas como BMW, Mercedes-Benz e Porsche, o SUV norteamericano foi deixando de ser o rei do segmento. A pior fase foi a da terceira geração, como a própria fabricante declara, um fracasso de vendas em função do acabamento empobrecido. Nessa época, o utilitário era feito em parceria com a Mercedes-Benz.

A quarta geração lançada no Salão do Automóvel em outubro e apresentou no ultimo dia 20 para a imprensa ainda guarda resquícios da parceria com a Daimler, como a plataforma do Mercedes ML, mas tem cuidados maiores na construção para retomar o posto de símbolo de luxo. O preço, ao menos, é atrativo, começando em R$ 154.900 na versão Laredo e subindo para R$ 174.900 na top de linha Limited.

As duas versões usam o mesmo motor Pentastar V6 de 3,6 litros movido a gasolina com 286 cv de potência e 34,7 kgfm de torque máximo. A transmissão automática de cinco velocidades possui trocas sequenciais. A tração é a segunda geração da Quadra-Trac, que trabalha sob demanda, enviando torque para o eixo de maior tração quando há perda de aderência.

O controle da tração é feito pelo sistema Select-Terrain, selecionado através de um botão no console. No modo Sport, por exemplo, a tração traseira é prioritária. Em areia/lama, a tração é integral. Há ainda a função Snow (neve), Rock (pedra) e Auto, com seleção automática.

Força é o que não falta

Ao volante do Grand Cherokee ainda no aslfato, dá para perceber que força é o que não falta ao SUV. O bom torque do motor aparece em faixas baixas de rotação, com comando variável de válvulas na admissão e na exaustão. Ruído mal se percebe, já que o isolamento acústico é muito bom, com parede de fogo tripla e para-brisa laminado.

Se quiser um pouco de barulho, dá para ligar o sistema de áudio com tela sensível ao toque e HD interno de 30 GB. Nele, dá para manter uma boa coleção de músicas em MP3, fotos e vídeos. A versão Limited ainda tem uma tela no teto voltada para o banco traseiro. O sistema de som é da Dolby Surrond no esquema 5.1 (cinco falantes e um subwoofer).

A suspensão é outro ponto alto do Jeep. Independente nas quatro rodas, ainda conta com subchassi dianteiro para melhorar o conforto. Em curvas, em velocidades mais altas, no entanto, é praticamente impossível que um veículo deste tamanho não incline exageradamente, mas nada que desabone o conforto do carro. Quem vai atrás, ainda pode reclinar o encosto, além de contar com um bom espaço para as pernas.

No futuro, mais motores

A Chrysler espera vender, neste ano, 700 unidades do Jeep Grand Cherokee no Brasil. O gerente de produtos Emílio Paganoni afirma que há estudos para trazer outras motorizações para o SUV. A versão diesel, ainda não lançada nos Estados Unidos deve vir. A recepção do mercado deve definir a vinda ou não das versões Overland V8 e SRT8.

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